Sobre o 5º BPM
Sua trajetória teve início com a proposta de criação de um grupo de metralhadoras, encaminhada pelo Comandante Geral da Brigada Militar, Coronel Cypriano da Costa Ferreira, ao presidente da Província, Antônio Augusto Borges de Medeiros, em 11 de novembro de 1914.
Acolhido a proposta, o Grupo de Metralhadoras foi criado, em 16 de novembro de 1914, com efetivo oriundo dos regimentos de cavalaria, que tiveram seus contingentes reduzidos.
Seu primeiro comandante foi o capitão Augusto Januário Correa. A nova unidade só foi organizada e instalada no dia oito de março do ano seguinte, na chácara das Bananeiras, em Porto Alegre.
Pouco tempo após sua instalação, o grupo de Metralhadoras participou ativamente da Revolução Assisista (1923), da revolução de São Paulo (1924), integrando o grupo de Batalhões de Caçadores (GBC); e das operações realizadas no interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em decorrência do movimento tenentista e da perseguição a Coluna Prestes.
Durante a revolução de 1930, que iniciou em Porto Alegre, com o assalto ao Quartel General da 3ª Região Militar, uma das companhias do grupo de metralhadoras, atuaram na região do cemitério, alguns dias depois, seguiu por via férrea até Itararé (SP) e, posteriormente, para o Rio de Janeiro, unindo-se ao grupo.
Em 02 de junho de 1931, o Grupo de Metralhadoras foi transformado em 5º Batalhão de Infantaria (5º BI), com a mesma organização dos demais batalhões.
A partir de agosto do mesmo ano, o 5º BI foi designado para trabalhar na construção da estrada que liga os municípios de Canela a Bom Jesus, permanecendo nessa atividade até 1932, quando foi afastado em virtude da conjuntura que se apresentava no país.
Com a eclosão da revolução Constitucionalista, em 1932, na cidade de São Paulo, o batalhão participou, mais uma vez, das operações das forças legalistas incorporado ao Destacamento de Exército do Sul, logo após a sua chegada em Buri.
Depois de retornar ao Rio Grande do Sul, o 5º BI foi enviado para fronteira, a fim de auxiliar o 2º Batalhão de Infantaria na construção do prolongamento da linha férrea Alegrete-Quarai.
Em decorrência da reorganização da Corporação, em 1936, com intuito de melhor atender a comunidade sul-rio-grandense, o 5º BI foi transformado em Batalhão de Sapadores, que seria empregado na construção de ferrovias e rodovias do estado. Em consequência, o batalhão participou da construção das estradas de Canela a Bom Jesus, do ramal ferroviário de Severino Ribeiro a Quarai, Santa Barbara, Passo do Inferno, Quarai Mirim e Palmeiras.
Em 21 de março de 1938, o Batalhão de Sapadores foi transformado em 5º Batalhão de Caçadores (5º BC), com um efetivo de 19 oficiais e 442 praças.
Diante dos acontecimentos que assolaram o mundo inteiro, com a eclosão da II Guerra Mundial, o 5º BC recebeu a determinação de estacionar em Montenegro, mantendo destacamentos nos municípios do Alto Taquari e Caí, a fim de manter a ordem nessas localidades onde predominavam moradores de origem alemã e italiana.
O 5º Batalhão de Caçadores chegou a Montenegro no dia 26 de junho de 1940 e, em 19 de agosto do mesmo ano, através de Decreto Estadual, teve sua organização alterada, recebendo efetivo de batalhão completo, integrado por vinte e três oficiais e quinhentos e noventa e um praças, totalizando seiscentos e quarenta homens, que integravam o estado-maior, pelotão extranumerário, três companhias de fuzileiros e uma companhia de metralhadoras pesadas.
Em 1961, quando a Corporação passou por mais uma transformação significativa, onde o 5º BC recebeu a denominação de 4º Batalhão Policial e, em 18 de dezembro de 1968, através do Decreto n° 19.466, finalmente, passou a ser chamado de 5º Batalhão de Policial Militar.